VOCÊ SABIA QUE O CÉREBRO MELHORA COM A IDADE?
Na Antiguidade e em muitas culturas milenares, os anciões sempre foram respeitados, eram considerados sábios e tinham uma participação ativa nas decisões da vida na comunidade.
Infelizmente esse costume salutar foi sendo modificado na sociedade capitalista, onde a produtividade exacerbada tornou-se mais importante que a sabedoria. Com isso, os idosos foram perdendo espaço e sendo substituídos pelos jovens, considerados mais capazes e produtivos.
A sensação de vazio, inutilidade e menos valia entre as pessoas de idade, foi gerando o desânimo e à inatividade, instalando-se assim, uma verdadeira morte em vida. Isso contribuiu significativamente para o surgimento de doenças físicas, mentais e emocionais, hoje tidas como “doenças da idade”.
Felizmente os avanços da ciência estão nos provando mais uma vez, que os povos antigos tinham muito a nos ensinar.
De acordo com o artigo do Dr. Elkhonon Goldberg, Neurologista da Universidade de New York, Diretor do Instituto de Neuropsicología e Funcionamento Cognitivo, podemos perceber que, ao contrário do que se pensava, O CÉREBRO MELHORA COM A IDADE.
As últimas investigações científicas demonstram que, com o tempo e a atividade mental, o cérebro vai se modificando e nos conduz ao que conhecemos como SABEDORIA.
Durante muitos anos acreditou-se que, a partir de certa idade, o número de neurônios não se renovava mais. As últimas investigações da neurociência, no entanto, demonstram que o cérebro pode se regenerar mediante seu uso e potenciação. A chave para alcançar esse sucesso chama-se: NEUROPLASTICIDADE, que significa moldar a mente e o cérebro, através da atividade.
Em março de 2000, investigadores da Universidade de Londres descobriram que os taxistas dessa cidade tinham uma parte do cérebro, o Hipocampo-região importante para a memória espacial-, particularmente desenvolvida, muito mais que o resto das pessoas.
Os taxistas desenvolviam mais essa zona porque a exercitavam mais, memorizando a cada dia ruas e caminhos diferentes. E essa capacidade, não diminuía, mas aumentava com o passar dos anos.
Em 2002, cientistas alemães descobriram a mesma coisa na Circunvolução de Heschl dos músicos, área do córtex cerebral importante para processar a música. Em 2004 os mesmos resultados teve o Instituto de Neurologia de Londres, na circunvolução angular esquerda, estrutura cerebral importante para a linguagem, no cérebro das pessoas bilíngue.
Destas experiências se puderam obter os seguintes resultados:
Nós, seres humanos podemos criar novos neurônios ao longo de toda a vida e a criação de novos neurônios pode aumentar, mediante o esforço mental.
O exercício físico protege nossa saúde cardiovascular e outras funções corporais. O exercício cognitivo, ao desenvolver habilidades, protege a saúde cerebral contra a demência e senilidade.
O moderno estudo da neuroplasticidade demonstra que os cérebros das pessoas mais velhas não degeneram, mas têm uma evolução particular, de acordo com a atividade realizada, o que torna essas pessoas “sábias” quando chega a velhice.
O CÉREBRO MUDA DE FORMA, SEGUNDO AS ÁREAS QUE MAIS UTILIZAMOS.
À medida que envelhecemos, tem acontecido uma deterioração maior no hemisfério direito que no esquerdo. Isto ocorre porque usamos mais o hemisfério esquerdo, que é o encarregado de colocar em marcha tarefas já aprendidas e consolidadas.
Para aprender algo novo, necessitamos mais do hemisfério direito, mas quando alcançamos certo nível de perícia, essas atividades passam a ser controladas pelo hemisfério esquerdo. Ao longo da vida, acumulamos um repertório de destrezas cognitivas. É o que popularmente chamamos “EXPERIÊNCIA”.
Quando envelhecemos, nossa atividade mental está mais dominada por essas “rotinas cognitivas”, ou “piloto automático”. Isto não é ruim, uma vez que permite resolver conhecidos problemas complexos mediante o “reconhecimento instantâneo” de padrões, sem muito esforço.
Porém, a estimulação cognitiva, que obriga a resolução de novos problemas, com a utilização do hemisfério direito, é um ingrediente no estilo de vida, que ajuda a evitar a deterioração do cérebro.
A corrente científica dominante respalda a afirmação de que a vida mental intensa desempenha um papel essencial no bem-estar cognitivo, nas etapas avançadas da vida.
Portanto é hora de incluir o FITNESS MENTAL e muitas outras atividades prazerosas no nosso dia a dia.
Idade não é mais desculpa para não fazermos o que gostamos.
Pinte, cante, dance, toque um instrumento musical, fale um novo idioma!...Se não souber nada disso, melhor ainda, APRENDA! Se souber, ENSINE!
Idade não é mais desculpa para não fazermos o que gostamos.
Pinte, cante, dance, toque um instrumento musical, fale um novo idioma!...Se não souber nada disso, melhor ainda, APRENDA! Se souber, ENSINE!
Essa é mais uma razão para acreditarmos no nosso potencial e irmos atrás dos nossos sonhos, seja em que idade for!
Nunca é tarde para ser feliz e SEMPRE É TEMPO DE MELHORAR E PROGREDIR EM TODOS OS SENTIDOS.
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